sexta-feira, 6 de abril de 2012

TV: As novas temporadas começaram




Há alguns bons anos já é assim: acaba o Big Brother e na semana seguinte a Globo lança sua programação. Voltam os programas noturnos, os seriados, o Jô Soares. E os espectadores que apreciam o que a emissora tem de melhor, matam as saudades. E foi essa saudade que matamos nessa semana de dois programas.
                Tapas & Beijos começou como especial de fim de ano da Globo em 2010 e brigou com “Batendo Ponto” e “Junto & Misturado” para assumir as noites de terça-feira, no lugar de Casseta & Planeta (que, aliás, voltou, para a infelicidade geral da nação). Conseguiu a vaga e agora arranca sua segunda temporada.
                O ritmo da série é o que mais surpreende: as tomadas são curtas, os diálogos são rápidos e as piadas vêm uma atrás da outra. Esse é o ponto peculiar da série e é isso que prende o espectador. E no primeiro episódio dessa temporada não foi diferente. De mudanças, Fátima (Fernanda Torres) e Sueli (Andréa Beltrão) voltam casadas e vizinhas em Copacabana e Malu Rodrigues (a Bia) entra para o elenco fixo.
                Boa parte do sucesso da série deve-se aos atores: Fernanda e Andréa são maravilhosas. E encontraram uma grande afinidade nas duas amigas vendedoras de vestidos de noiva, criando figuras reais, que acreditamos realmente que existem. Podemos comparar Fátima e Sueli com amigas que conhecemos na esquina, no mercado, na faculdade. São e estão maravilhosas. Já Vladmir Britcha e Fábio Assunção são nomes de peso, mas parecem criar personagens caricaturais. Ora funciona, ora são exagerados. Para os personagens periféricos, o destaque é de Otávio Müller, que nos faz rir mesmo quando não fala nada.
                Mesmo sendo uma série muito boa, falta fôlego para Tapas & Beijos. As histórias mudam pouco, pois os conflitos basicamente são os mesmos – todo o capítulo os casais discutem, se acertam e terminam brigando novamente. Melhoraria se a voz da Joelma saísse da abertura, se os cenários externos fossem ampliados e se algum figurinista tirasse aquelas pulseiras barulhentas do braço de Fátima.
                Se falta fôlego para uma, sobra para outra. Há onze anos no ar, A Grande Família já representa quase um Fantástico na tradição dos lares dos brasileiros. Todos nós aprendemos a amar Nenê, Lineu, Bebel, Tuco e, principalmente, Agostinho, de modo que torcemos, rimos e nos apegamos aos personagens. O primeiro episódio da 12ª temporada mostra que a série vai muito bem, obrigado. Luis Miranda entra para o elenco fixo, como o pajé Murici e os insuportáveis Beiçola (Marcos Oliveira) e Mendonça (Tonico Pereira) infelizmente continuam na série. Nenê está mais bonita, Bebel está mais gostosa(!!) e Lineu, mais gagá. O salto de 4 anos, o coma de Lineu e o crescimento de Florianinho são exemplos de mudanças que aconteceram e que dão nova vida à série.
                Senti no episódio de ontem uma singela homenagem a Jorge Dória, ator que viveu Lineu na primeira versão do seriado, na década de 1970 e que nos primeiros anos de 2000 vivia Maurição, pai do gay Alfredinho (Lúcio Mauro Filho, o Tuco) no Zorra Total, com o célebre bordão “onde foi que eu errei?”. Ontem, o Alfredinho voltou como Serginho e o “Papai não deixa” não era Lineu, mas Maurição. Bonita homenagem, já que Dória, aos 91 anos, está há muito tempo afastado da TV, por conta de seu frágil estado de saúde.
                O primeiro episódio acabou “do nada”, com Lineu e Nenê brigados. Ficou um gostinho de “quero mais”, que há uma década já nos é habitual...
                Vida longa à Tapas&Beijos, vida longa à Grande Família!

3 comentários:

  1. Quase não assisto Tapas & Beijos, mas, adoro Fernanda e Andréa.

    A Grande Família sempre que posso, assisto. Divirto-me demais com eles e, estar na 12a temporada não é pra qualquer série. Não assisti o 1o episódio, mas, gostei de saber da homenagem ao Dória.

    Acho interessante como pequenas coisas das séries, filmes, etc., se tornam marcantes para quem os vê. Uma de minhas filhas acha horrorosa a jarra com formato de abacaxi que Nenê sempre tem à mesa, a cada nova temporada a nossa expectativa para saber se ela continua no elenco...rs... é imensa. E para a infelicidade dela e alegria nossa, ela volta. Damos boas gargalhadas ao ouvir a Su dizer "não acredito que a jarra ainda está aí, vou escrever pra Globo que tá na hora de substitui-la". Piadinhas pra "pegar no pé" dela por conta da tal jarra são presenças constantes no nosso dia a dia.

    Como disse você, querido, vida longa a essas séries.

    bj da angel ;)

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  2. Já eu não posso dizer o mesmo de A Grande Família: eu já ri muito com essa série, até + ou - a 6ª temporada, mas tem uma hora que as coisas acabam perdendo a graça...

    Pra mim A Grande Família já cansou.

    Já com Tapas e Beijos, assisti pouco, mas por ser uma novidade, ainda consigo dar boas risadas quando assisto... Mas, sabe como é... Se ficar muito tempo, enjoa também, tal qual aquele horrível Casseta & Planeta!

    E aproveitando o tópico, tá na hora da globo fazer algo diferente pra colocar no lugar de Malhação: aquilo já deu o que tinha que dar, e há muitos anos!!!

    Kkkkkkkkkkkkkkk

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  3. Estou adorando ver essas críticas da grande família, cada um dando sua interpretação, e isso pra um programa de 12 anos realmente é incrível. Nem tinha me ligado na possibilidade de ser uma homenagem ao Dória (aliás tinha me esquecido dele nesse quadro junto com o Lucio Mauro Filho no Zorra).

    Apesar de um tema triste, acho que o humor foi inserido na medida certa. Quanto ao Beiçola e Mendonça, eles são engraçados, é porque ambos fazem aquele estilo de ser humano inconveniente e chato kkkkk

    Vida longa à Grande Família!

    Carlos-RJ

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