quinta-feira, 26 de julho de 2012

FRASES IV: Amora Mautner

Ainda no embalo da última postagem:

"Ser sem-vergonha não tem a ver com ser vulgar, mas com ter coragem. Todo ator tem que ser sem-vergonha e afetado, no sentido de ser cheio de afeto. Quando vejo um ator técnico demais, que não leva seu coração para o personagem, eu começo a bocejar. Não serve para mim."


Amora Mautner, diretora de núcleo da novela "Avenida Brasil", em entrevista a revista Tpm de Julho/2012. Amora é responsável pelo núcleo suburbano da trama e parte do sucesso da novela é creditado a ela.

terça-feira, 24 de julho de 2012

TV: As novas curvas da Avenida

A melhor novela dos últimos tempos. Foi assim que terminei meu primeiro texto aqui no blog, que falava sobre a primeira semana de “Avenida Brasil” e pode ser lido aqui. É, parece que eu estava certo! Agora já estamos no capítulo 100, a novela toma novos rumos, mas já podemos analisar mais profundamente e ter conclusões consolidadas.
A virada que está acontecendo na trama parece mexer com os telespectadores e fornece altos índices de audiência – o capítulo de ontem, segundo a coluna de Nilson Xavier no UOL, bateu os recordes ao atingir 45 pontos de média. Tudo isso porque João Emanuel Carneiro usa e abusa dos chamados ganchos, tanto de um capítulo para o outro, como de um bloco para o outro.



O que já foi visto e as novas curvas dessa Avenida:
Depois de meses em que eu me perguntava “porque ela não grava, não filma, não tira foto disso tudo?”, Nina conseguiu provas concretas e começou sua vingança no capítulo de hoje. A empregada que vira patroa lembra um pouco O Primo Basílio, de Eça de Queiroz, mas é o caminho mais coerente para a virada de jogo. Parece que vai começar uma vingança arrastada, com chantagem em cima de chantagem. “Quer que eu entregue as fotos?” vai ser bastante ouvida nas próximas semanas. Mas por mais humilhada que Carminha esteja, a novela já é dela. Como havia previsto, Adriana Esteves roubou a cena pra ela, com um indiscutível talento nas suas tiradas engraçadas, no fingimento com a família Tufão e no ódio obsessivo pela Rita (abaixo, vídeo com melhores momentos, para dar concretude ao que eu digo). Virou até hit do Facebook. Com certeza, é o principal personagem na carreira de Esteves e já é uma das maiores vilãs da televisão. Débora Falabella, a Nina/Rita, surpreendentemente, consegue acompanhar a vilã, mesmo que um passo atrás.

Cauã Reymond se firma como o principal nome masculino da nova geração de globais. O guri é muito bom. Mas o sofrimento do Jorginho está demasiado e arrastado. E não dá sinais que vai acabar tão cedo. Já o núcleo do lixão continua a esconder muitos segredos, mas Nilo se sobressaiu comparado à Lucinda.
Dos núcleos secundários, o destaque é para Suélen, Monalisa e Cadinho. Mesmo que lembre um pouco a Rakelly de Beleza Pura, a “ariranha” de Ísis Valverde dá graça e leveza à trama, além, é claro, de ser torta de gostosa. Heloísa Périssé, que na primeira semana sofreu com a separação de Tufão, caiu novamente no tom cômico, a sua praia. Mas está muito bem, prova de que nas cenas mais sérias, como na expulsão de Olenka de sua casa, a atriz consegue emocionar. E Alexandre Borges tá segurando um núcleo que já tá passado: Noêmia, Verônica e Paloma são três personagens insuportáveis. Novamente como eu havia previsto, ele ficou com Aléxia (a melhor), mas isso aconteceu cedo demais, provavelmente o final será outro (separar-se definitivamente das três e enganar outras três, quem sabe?).
De surpresas, Cacau Protásio como Zezé e Juliano Cazarré como Adauto.
Nessas novas curvas, Débora começa a se envolver com Iran; Leleco e Muricy já estão se pegando (e voltem logo, porque as discussões também já perderam a graça); Max parece que vai morrer assassinado misteriosamente, além, é claro, de Carminha ser humilhada e chantageada por Nina até o esgotamento.
O texto segue ágil e original (por exemplo, cena épica o “enterro” de Nina, com referência ao filme “Kill Bill”, de Tarantino) e continuo afirmando que João Emanuel Carneiro é o melhor autor da Rede Globo na atualidade. Novelão!

domingo, 15 de julho de 2012

FRASES III: Luis Fernando Verissimo

"A sintaxe é uma questão de uso, não de princípios. Escrever bem é escrever claro, não necessariamente certo. Por exemplo: dizer 'escrever claro' não é certo, mas é claro, certo?"



Luis Fernando Veríssimo, 
na crônica O Gigolô das Palavras. Grande Veríssimo!

sábado, 14 de julho de 2012

TV: A Moral do Bial

Ao terminar o programa “Na Moral” da noite de ontem – quase uma da manhã - , eu não sabia realmente qual havia sido a minha impressão: esperava mais, mas o programa não deixa de ser ruim.


A começar pelo cenário: é bom! Muito bom! Uma plateia não tão grande dividida em L, um tapete e dois bancos. Lembra uma casa, mas ao mesmo tempo um grande escritório. Cumpre o que o programa quer: um ar de “vamos falar sério”, mas também de “a casa é sua”. Esse objetivo que o programa traz de discussão, de poder dizer o que quiser é raro na televisão aberta brasileira. Lembro-me apenas do Serginho Groismann com “Altas Horas” e “Programa Livre”. E é necessário! É necessário ouvirmos os atores que fazem a TV – suas opiniões, entrevistas, debates. É necessário o diálogo entre ideias opostas, entre visões de mundo antagônicas, é aí que começamos a construir nosso senso crítico. Então nesse ponto, ponto pra “Na Moral”.
Mas vamos com cuidado. O programa não faz jus para tantos elogios. O que é Bial cortando os entrevistados? Demais! Entendo que tem que levar num ritmo rápido (até porque o programa se passa na madrugada), mas Bial deixa raciocínios inconclusos e histórias inacabadas. Tudo isso pra quê? Para ele discursar, discursar, discursar... Sim, muita coisa do que ele fala é aproveitada e são pensamentos bons, mas não precisa ser tanto. 8 de um lado, 80 de outro. Outro fator que me incomodou bastante é tamanha a parcialidade de Bial. Pareceu mais um programa para ele satisfazer seu ego, dizer para todos o que pensa. Por vezes é até constrangedor para o entrevistado (ontem, pelo menos, com o cara do blog e com o paparazzi não resta dúvida). Não convida se for ofender, Bial!


Muita gente “anônima” falou, sim! Se pensarmos, os únicos famosos no programa de ontem eram Pedro Cardoso e Dira Paes. Mas todos esses foram convidados. Senti falta de uma interação com a plateia (novamente cito “Altas Horas”), o inusitado, aquilo que está fora de programa. Os depoimentos só aparecem ao final e rapidamente e o telespectador perde com isso.
Aquela coisa de “artista-dj” também não convence. Pra quê? Deixa um artista ali o programa inteiro, mas não precisa mostrar a Dira Paes tentando colocar um fone de ouvido e improvisando ao não conseguir. As discussões são rápidas demais e, por conseguinte, superficiais (a fala do Pedro Cardoso ilustrou bem isso: “Acabou? Mas já? Eu tinha um caminhão de coisa pra falar”).



É bom ver Pedro Bial além do Big Brother. Sim, o cara é um bom repórter e bom apresentador (ele mostra estar bem a vontade, aliás), além de ser um cara muito inteligente. A ideia e o design de “Na Moral” também são ótimos. Mas ainda faltam alguns ajustes. E uma estabilidade, pois ao que parece a participação dos convidados e a escolha dos temas definirão o sucesso ou o fracasso do programa nas próximas semanas. 

segunda-feira, 9 de julho de 2012

TEATRO: CLOWNBARET na Casa de Teatro

Você já imaginou um cabaré realizado apenas por palhaços? E com uma dona de circo que odeia palhaços? É exatamente essa bagunça que vai rolar na Casa de Teatro (Rua Garibaldi, 853) neste sábado, dia 14/07, às 22:30.
Os números clownescos são resultados de um semestre da oficina "Jogos Clownescos", ministrada pela maravilhosa Melissa Dornelles. São treze palhaços, incluindo alunos (eu!!!) e artistas convidados. E o CLOWNBARET é uma iniciativa inédita em Porto Alegre: o primeiro espaço para realização desse tipo.
E depois ainda vai rolar uma festa booooa, daquelas que sempre acontecem no Café Bertoldo! Não vai perder, né? Aparece por lá!


E se não conseguir ir no sábado, tem dobradinha dessa turma de nariz vermelho no bar 512 ali na Cidade Baixa (Rua João Alfredo, 512) no domingo, dia 15/07. Não tem desculpa!