segunda-feira, 18 de junho de 2012

FRASES II: José Saramago

No aniversário de morte desse gênio, publico uma frase dele. Dois anos sem Saramago

"Se eu tivesse morrido antes de conhecer você, Pilar, eu teria morrido me sentindo muito mais velho. Aos 63 anos, minha segunda vida começou. Não posso me queixar. As coisas que você considera importantes não são tão importantes. Eu ganhei um Prêmio Nobel. E daí?"



José Saramago, em declaração para sua mulher Pilar del Rio feita em 2007, três anos antes da morte do escritor.

quarta-feira, 13 de junho de 2012

TEATRO: A GAIVOTA AOS PEDAÇOS

Quem estiver em Porto Alegre no final de semana que vem, passa no Teatro Museu do Trabalho e confere nosso espetáculo. Super bem dirigido, dessa vez nos aventuramos no teatro realista de Anton Tchekhov.
A peça foi desconstruída, de maneira que os atores fazem diversos personagens e os personagens são feitos por diversos atores. O resto é ir e conferir!
E depois de um ano e meio, eu estou no elenco!!!! :D :D




A GAIVOTA AOS PEDAÇOS 
- livremente baseada na obra de Anton Tchekhov - 
22/06 e 23/06, sexta e sábado
21h
Teatro Museu do Trabalho (Rua dos Andradas, 230)


Direção: Larissa Sanguiné e Leo Maciel 
Elenco: Alessandra Werlang, Ana Paula Fraga, Gabriela Pascottini, Henrique Araujo, Jamile Hablich, Júlia Azzi, Leandro Nunes e Pedro Sanchez 

terça-feira, 12 de junho de 2012

LITERATURA: A maravilhosa Marina do gênio Zafón

Misture um enredo fascinante, personagens misteriosos e interessantes, um ambiente sombrio e o talento de contar histórias e você terá um bom livro nas mãos! Bom não, ótimo! Foi assim que me senti lendo “Marina”, o maravilhoso livro do espanhol Carlos Ruiz Zafón.  Não sei se seria ousadia da minha parte comparar Zafón com Umberto Eco. Talvez não. O fato é que a cada leitura saímos mais e mais agraciados com seu dom.


Mais uma vez volta a velha Barcelona, com suas catedrais e paisagens que só Zafón consegue descrever. Dessa vez, porém, diferentemente de “A Sombra do Vento” e de “O Jogo do Anjo”, não aparece no romance a Livraria Sampere & Filhos e o Cemitério dos Livros Esquecidos. O cemitério que aparece em “Marina” (e que é crucial para o desenvolvimento da trama) é real e sempre surge nas mais sombrias noites.
Aliás, de sombras e trevas Zafón parece entender bem. É sempre esse o tom de suas obras, mas em “Marina” os ambientes são cobertos pela forte relação da personagem-título com Óscar Drai, o narrador em primeira pessoa. Mas se o leitor espera um romance dos dois, pode interromper a leitura.
Óscar é estudante de um internato e certo dia adentra um casarão misterioso, onde conhece Marina. Ela o leva para uma aventura: um cemitério onde uma mulher vestida de negro sempre visita um túmulo sempre no último domingo do mês. Pronto. Os dois já estão presos a uma teia de suspenses e mistérios que tentam desvendar até o final. Por muitos momentos, tanto Óscar quanto Marina passam perto da morte. Sempre guiando os dois, o desenho de uma borboleta negra, que costura os acontecimentos e as pessoas envolvidas na trama.
O tempo não é cronológico. E isso já se percebe logo no prólogo: “Em maio de 1980, desapareci do mundo por uma semana. No espaço de sete dias e sete noites, ninguém soube do meu paradeiro. (...) Quinze anos depois, a memória daquele dia voltou para mim. Vi aquele menino vagando entre as brumas da estação de Francia e o nome de Marina se acendeu de novo como uma ferida aberta”  (Lindo, não?) Há capítulos que são somente narrações do passado, que explicam o mistério do presente – aliás, um recurso constantemente usado pelo autor. Então por isso eu recomendo que o leitor não demore muitos dias para continuar a leitura. Se caso acontecer, talvez seja necessário voltar algumas páginas para lembrar o que foi dito no campo do passado e também no do presente.
Zafón, na orelha do livro editado pela Suma tenta definir “Marina”: um dos meus favoritos, mais indefinível, mais difícil de categorizar e o mais pessoal de todos eles. É isso. Eu completo: Marina é daqueles poucos livros que você quer voltar do epílogo ao prólogo no mesmo instante, que quer ler devagar para não acabar.

Concordo com o jornal USA Today: “O talento visionário de Zafón para contar histórias é um gênero literário em si.” Super recomendo!

sexta-feira, 1 de junho de 2012

FRASES I: Fernanda Montenegro

Hoje começa um novo mês e eu começo uma nova sessão aqui no blog: FRASES. Aqui eu colocarei frases e e/ou textinhos de atores e atrizes, escritores, cineastas, enfim, todos aqueles que contribuem para as artes de alguma maneira.
E claro, o espaço também está aberto para todos comentarem e deixarem as suas frases, como sempre.

Pra começar, da mãe de todos os atores:


"Acho uma merda. Uma merda. E sempre me perguntam isso. E eu sempre dou a mesma resposta. Mas não consigo me livrar disso. Acho ridículo. É como se me tirassem de uma pessoa e me transformassem em uma personagem. Isso é uma bobagem imensa"
                              
Fernanda Montenegro, 
comentando em entrevista à revista TPM de novembro/2011 o que acha de ser chamada de "a grande dama do teatro brasileiro"