A melhor novela dos últimos tempos. Foi assim que terminei meu primeiro texto aqui no blog, que falava sobre a primeira semana de “Avenida Brasil” e pode ser lido aqui. É, parece que eu estava certo! Agora já estamos no capítulo 100, a novela toma novos rumos, mas já podemos analisar mais profundamente e ter conclusões consolidadas.
A virada que está acontecendo na trama parece mexer com os telespectadores e fornece altos índices de audiência – o capítulo de ontem, segundo a coluna de Nilson Xavier no UOL, bateu os recordes ao atingir 45 pontos de média. Tudo isso porque João Emanuel Carneiro usa e abusa dos chamados ganchos, tanto de um capítulo para o outro, como de um bloco para o outro.
O que já foi visto e as novas curvas dessa Avenida:
Depois de meses em que eu me perguntava “porque ela não grava, não filma, não tira foto disso tudo?”, Nina conseguiu provas concretas e começou sua vingança no capítulo de hoje. A empregada que vira patroa lembra um pouco O Primo Basílio, de Eça de Queiroz, mas é o caminho mais coerente para a virada de jogo. Parece que vai começar uma vingança arrastada, com chantagem em cima de chantagem. “Quer que eu entregue as fotos?” vai ser bastante ouvida nas próximas semanas. Mas por mais humilhada que Carminha esteja, a novela já é dela. Como havia previsto, Adriana Esteves roubou a cena pra ela, com um indiscutível talento nas suas tiradas engraçadas, no fingimento com a família Tufão e no ódio obsessivo pela Rita (abaixo, vídeo com melhores momentos, para dar concretude ao que eu digo). Virou até hit do Facebook. Com certeza, é o principal personagem na carreira de Esteves e já é uma das maiores vilãs da televisão. Débora Falabella, a Nina/Rita, surpreendentemente, consegue acompanhar a vilã, mesmo que um passo atrás.
Cauã Reymond se firma como o principal nome masculino da nova geração de globais. O guri é muito bom. Mas o sofrimento do Jorginho está demasiado e arrastado. E não dá sinais que vai acabar tão cedo. Já o núcleo do lixão continua a esconder muitos segredos, mas Nilo se sobressaiu comparado à Lucinda.
Dos núcleos secundários, o destaque é para Suélen, Monalisa e Cadinho. Mesmo que lembre um pouco a Rakelly de Beleza Pura, a “ariranha” de Ísis Valverde dá graça e leveza à trama, além, é claro, de ser torta de gostosa. Heloísa Périssé, que na primeira semana sofreu com a separação de Tufão, caiu novamente no tom cômico, a sua praia. Mas está muito bem, prova de que nas cenas mais sérias, como na expulsão de Olenka de sua casa, a atriz consegue emocionar. E Alexandre Borges tá segurando um núcleo que já tá passado: Noêmia, Verônica e Paloma são três personagens insuportáveis. Novamente como eu havia previsto, ele ficou com Aléxia (a melhor), mas isso aconteceu cedo demais, provavelmente o final será outro (separar-se definitivamente das três e enganar outras três, quem sabe?).
De surpresas, Cacau Protásio como Zezé e Juliano Cazarré como Adauto.
Nessas novas curvas, Débora começa a se envolver com Iran; Leleco e Muricy já estão se pegando (e voltem logo, porque as discussões também já perderam a graça); Max parece que vai morrer assassinado misteriosamente, além, é claro, de Carminha ser humilhada e chantageada por Nina até o esgotamento.
O texto segue ágil e original (por exemplo, cena épica o “enterro” de Nina, com referência ao filme “Kill Bill”, de Tarantino) e continuo afirmando que João Emanuel Carneiro é o melhor autor da Rede Globo na atualidade. Novelão!
Adriana Esteves é o motivo de eu assistir alguns capítulos da novela. E o Cauã é BAITA RUIM!
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